Abertura “Corpo, Diversidade e Cidade”

Exposição de graffiti é aberta com bate-papo

Na temporada orientada pela linha curatorial “Dança e Diversidade”, a exposição em cartaz no Centro de Dança do Distrito Federal será composta por obras de graffiti: “Corpo, Diversidade e Cidade” vai ser aberta no dia 31 de julho (terça-feira), às 19h. Três artistas/coletivos do DF – Carli Ayô, Daniel Sinimbú (DHOS) e Didi Colado (Crew Risofloras) – se unem à artista convidada Talitha Andrade, da Bahia, para assinar obras pintadas nas paredes internas do espaço, desenvolvidas em torno das questões do tema da mostra. No evento, os grafiteiros participam de um bate-papo mediado por Jaqueline Fernandes, subsecretária de Cidadania e Diversidade Cultural do DF.

Como conceito, a exposição parte do pressuposto de que uma cidade não é um corpo estático: nela coabitam múltiplos corpos, múltiplas existências que tensionam, em lutas diárias, o limiar de quem está incluído ou excluído dos direitos de habitar esse corpo. Assim, o convite é de que os artistas expressem leituras sobre este universo para evidenciar as várias maneiras de configurar coreografias sociais.

Os grafiteiros locais foram selecionados por meio de uma convocatória pública, que teve 19 propostas inscritas. Carli Ayô é artista plástica, arte-educadora, agente cultural, estudante da Universidade de Brasília em dupla formação Arte/Design. Autodidata, procura trabalhar usando peças coloridas encontradas no lixo, e assina vários projetos de graffiti em Brasília. Daniel Sinimbú (DHOS), arquiteto e engenheiro de formação e artista por vocação, tem como principais influências as HQs e as artes digitais. Em 2015, teve seu primeiro contato com o graffiti e, desde então, segue pintando e espalhando desenhos pela cidade. Por fim, Didi Colado representa o grupo de arte e educação Risofloras, formado em 2014 por três mulheres artistas visuais e grafiteiras. Tem como principal objetivo estimular um olhar criativo, gentil e solidário sobre o Distrito Federal por meio de diversas linguagens artísticas, além de preservar a imagem do Sagrado Feminino em muitas obras, utilizando graffiti, stencil, pintura, palavra e poesia como ferramentas para criar intervenções em variados cenários urbanos.

Talitha Andrade, autora de intervenções urbanas feministas que compõem ações de guerrilha e prática visual, vem da Bahia para completar a composição. Graduada em Comunicação com habilitação em Produção Cultural pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestranda em Poéticas Visuais na Escola de Belas Artes da mesma instituição, Talitha entende a arte como instrumento de transformação política e social do espaço. É autora, entre várias outras criações, das séries temáticas “O Grito”, “Edifícil na Cidade”, “Duelo” e “LUTO”, nas ruas e muros de Salvador e outras cidades do Brasil.

Data: 31/07

Horário: 19h00

Valor: Gratuito