Oficina Dança da Indignação

Ministrada por Gal Martins e Ciça Coutinho (SP)

Com 30 vagas preenchidas por ordem de chegada, a oficina “Dança da indignação – memórias e metodologias de uma dança negra”, ministrada por Gal Martins e Ciça Coutinho, acontece nos dias 25, 26 e 27 de abril, das 18h às 22h, e ainda em 28 de abril, das 15h às 18h. Voltada a pessoas a partir dos 16 anos interessadas em práticas de dança, apresenta o conceito homônimo criado por Gal Martins, diretora da companhia Sansacroma (SP), que propõe uma linguagem estética em dança que possa reverberar as indignações sociais e pessoais. A abordagem política traz signos e elementos de uma singularidade entre arte e vida. Por quê, para quê e para quem estamos produzindo dança? São as questões que tornam emergencial o amadurecimento de um corpo revolucionário, fundamentado na resistência e no engajamento. Na relação entre corpo e contexto, reflete-se sobre os desafios de se produzir dança contemporânea nas “bordas da cidade” e em interação com o circuito cultural das regiões centrais, eliminando barreiras territoriais.

Gal Martins – Dançarina, atriz, coreógrafa e gestora cultural. Estuda Ciências Sociais na Uninove e é pesquisadora da dança negra e diaspórica há 20 anos. Em 2002, criou a Cia. Sansacroma, grupo paulistano de dança negra contemporânea que possui uma atuação artística e política no extremo sul de São Paulo, tendo como ponto de partida as poéticas do corpo negro, batizado de indigenordestinafricano. Coordenou o Núcleo de Artes do Corpo e Música da Fábrica de Criatividade, o projeto Educar Dançando do Balé da Cidade de São Paulo e o Programa de Cultura e Lazer da Ação Comunitária do Brasil. Em 2011, foi vice-presidente da Cooperativa Paulista de Dança. Recebeu o Prêmio Criando Asas (Red Bull e Instituto Criar de TV e Cinema), em 2007, pelo projeto “Imagens de Uma Vida Simples”, com espetáculo e documentário sobre a vida e obra de Solano Trindade. Em 2014, recebeu o Prêmio Denilton Gomes na categoria Difusão em Dança. Em 2016, foi eleita uma das 10 personalidades negras do país pelo canal Pretinho Mais que Básico. Idealizou a zona AGBARA, projeto destinado à produção em dança de pretas e gordas. É membro do Fórum Danças Contemporâneas: Corporalidades Plurais.

Ciça Coutinho – Bailarina afro e contemporânea. Pratica dança afro no Núcleo de Dança e Teatralidades, ligado ao Grupo Terreiro de Investigações Cênicas da Unesp. Desenvolveu recentemente um trabalho de dança afro contemporânea para dois clipes da Banda Projeto Vinagrete. Integrou o projeto Mulheres na Dança, representando a dança afro, com a coreografia “Tempestade, Eparrey”, que versa sobre o feminino através da identificação da libertação do corpo pela força do orixá Iansã. É bailarina da companhia de dança contemporânea INcena, vinculada ao grupo de pesquisa “Dança, estética e educação” (Unesp), do qual também faz parte. É pedagoga formada pela Universidade Federal de São Carlos. Tem experiência em docência de dança (dança afro, danças populares brasileiras, expressão corporal e balé clássico) para crianças, adolescentes e professores. É intérprete-criadora da Cia. Sansacroma desde 2013.

Data: 25/04 a 28/04

Horário: 25/04 a 27/04, 18h00 às 22h00; 28/04, 15h00 às 18h00

Valor: Gratuito