Cia. Sansacroma (SP) compartilha conhecimentos no Centro de Dança 18/04/2018

De 25 a 28 de abril, o Centro de Dança do Distrito Federal recebe membros da companhia paulistana Sansacroma para uma maratona de atividades de compartilhamento de conhecimentos. O grupo, cujo ponto de partida está em poéticas e políticas do corpo negro, realiza a oficina “Dança da indignação – memórias e metodologias de uma dança negra”, ministrada por Gal Martins e Ciça Coutinho. Gal também participa da ação Tête-à-Tête e lança o livro “A dança da indignação”. Para completar, será exibida a 2ª edição do Programa Retratos, uma série de videodanças com dançarinos da companhia. Toda a programação é gratuita.

Com 30 vagas preenchidas por ordem de chegada, a oficina “Dança da indignação” acontece nos dias 25, 26 e 27 de abril, das 18h às 22h, e ainda em 28 de abril, das 15h às 18h. Voltada a pessoas a partir dos 16 anos interessadas em práticas de dança, apresenta o conceito homônimo criado por Gal Martins, diretora da companhia, que propõe uma linguagem estética em dança que possa reverberar as indignações sociais e pessoais. A abordagem política traz signos e elementos de uma singularidade entre arte e vida. Por quê, para quê e para quem estamos produzindo dança? São as questões que tornam emergencial o amadurecimento de um corpo revolucionário, fundamentado na resistência e no engajamento. Na relação entre corpo e contexto, reflete-se sobre os desafios de se produzir dança contemporânea nas “bordas da cidade” e em interação com o circuito cultural das regiões centrais, eliminando barreiras territoriais. LEIA MAIS SOBRE A OFICINA AQUI.

Ao final da oficina, no dia 28, às 18h, Gal Martins lança o livro “A dança da indignação”, que será vendido a R$ 20 (LEIA MAIS SOBRE O LIVRO AQUI), e, em seguida, às 19h, protagoniza o Tête-à-Tête, uma espécie de entrevista coletiva com a participação de outros artistas, teóricos e pesquisadores, potencializando o contato entre agentes da cadeia da dança e públicos. Com sua produção artística que se relaciona também com a história e a afirmação, Gal poderá falar de como se constrói e reconstrói uma memória no agora. Uma conversa aberta e franca sobre representatividade na construção ativa da memória da dança brasileira. LEIA MAIS SOBRE O TÊTE-À-TÊTE AQUI.

Ao final da oficina, no dia 28, às 18h, Gal Martins lança o livro “A dança da indignação”, que será vendido a R$ 20, e, em seguida, às 19h, protagoniza o Tête-à-Tête, uma espécie de entrevista coletiva com a participação de outros artistas, teóricos e pesquisadores, potencializando o contato entre agentes da cadeia da dança e públicos. Com sua produção artística que se relaciona também com a história e a afirmação, Gal poderá falar de como se constrói e reconstrói uma memória no agora. Uma conversa aberta e franca sobre representatividade na construção ativa da memória da dança brasileira.

Enquanto isso, das 18h às 21h, estará sendo exibida a 2ª edição do Programa Retratos, que reúne seis curtas-metragens com bailarinos da companhia, dançando em homenagem a personagens importantes da comunidade periférica paulistana. Estes cidadãos recebem a visita dos intérpretes-criadores, que ouvem suas histórias e, a partir delas, criam uma coreografia, registrada em vídeo. LEIA MAIS SOBRE O PROGRAMA RETRATOS AQUI.

Esta temporada abre as ações da linha curatorial “Dança e Memória”, que delimita as práticas da programação do Centro de Dança até meados de junho. Como a própria experiência coreográfica pode tratar da memória da dança? Como diferentes perspectivas históricas podem ser processadas no corpo, em imagens e em textos? Como a dança – enxergada exclusivamente em sua imaterialidade efêmera – pode implicar-se diretamente na história de seu país, indo além da “história oficial” narrada nos livros ou de danças sobre temas históricos, dando movimento aos seus próprios percursos? Como a coreografia pode ser entendida como um dispositivo de documentação e registro da experiência criativa na dança?